Marcos Tecora Teles

Marcos Tecora Teles

Wednesday, June 12, 2013

Movimento Passe Livre

Movimento Passe Livre

Talvez eu esteja indo na contra-mão da história,mas tenho minhas convicções e algumas certezas sobre algumas coisas nas quais acredito.
Sou a favor do Movimento Passe Livre!
Acho justa e pertinente as manifestações que a juventude está fazendo em São Paulo.
Acho que o movimento tem que se expandir,exigir outras coisas também,não só a redução dos preços das passagens.
Muitos dizem que a passagem não é tão cara,que foi reajustada abaixo dos índices de inflação,pode ser,mas a qualidade é uma vergonha. Outra coisa,dizem que não pode ser gratuita,como não? O idoso já esta isento de pagar passagem,porquê não isentar os estudantes, eles já pagam metade. Investir no estudante não é investir no futuro da nação?
Se é possível dar isenções para clubes de futebol,instituições sem fins lucrativos,estádios de futebol,partidos políticos,etc. Será tão oneroso o investimento em educação,em forma de custear o transporte de quem estuda?
Sou a favor do Movimento Passe livre,que também deveria colocar outros assuntos importantes na pauta de reivindicações,como;o fim da obrigatoriedade do voto, mais rigor da lei contra a corrupção,um plano imediato de reformulação do ensino,a diminuição dos gastos com 'parasitas' no serviço público,a entrega do patrimônio público para empresários e empreiteiras,a diminuição da carga tributária,entre outros tantos problemas que nos impedem de viver em paz.
Não aceito a violência gratuita como forma de manifestação,e tenho certeza que as ações de vandalismo que estão ocorrendo não são de pessoas do movimento e sim de aproveitadores,”políticos profissionais”, infiltrados,querendo tirar proveito eleitoreiro.
Acho oportunas as manifestações,já passou da hora de gritar,de cobrar com energia os poderes estabelecidos constitucionalmente que são mantidos pelo suor das pessoas desta nação.
Sou a favor do Movimento Passe Livre,sou a favor do Movimento Brasil Livre!

Marcos Teles


Friday, June 07, 2013

A Noite e os Anjos






Essa  música da Banda Tecora  será umas das que estarão no álbum de estreia de Esther Ribeiro.

Quando a noite acabar
Me conta o que viu na rua
Tira o horror do olhar
Põe minha saliva na tua

Fala do andarilho gelado
Do fantasma na casa ao lado
Fala da força do vento
Mostra o palácio sem telhado
E o sangue escuro no calçamento

O mundo se acabando e eu cantando
Alguém está matando os nossos anjos


Pode olhar pela janela
Mais mil corações despedeçados
Olha a fúria de um menino bandido
Não confie na justiça que mata
Por que ela nunca está errada


O mundo se acabando e eu cantando
Alguém está matando os nossos anjos

O mundo se acabando e eu cantando
A droga está matando os nossos anjos

Colombiana



Um dia ele quis sair de casa
E se jogar de cara no mundo
Nunca pensou sofrer
Mas caiu num abismo profundo

Esculpiu planos,estratégias
A metrópole não o assustava
Com espada de madeira,era guerreiro
Como todo menino, sonhava

Mas chegou a hora de crescer
Hei! Juventude desesperada
Sem lágrimas pra chorar
Procurando tardes de domingo
Ou um poste pra se enforcar

A solidão o acompnaha
Seus companheiros de apartamento
São seus devaneios,seus sonhos
Mas seu espelho lhe obriga ver
Não é o homem que queria ser
Não é o homem que podia ser

Hoje tem amiga de solidão
Uma bruxa colombiana
Uma aranha que lhe prende à sua teia
Viaja,viaja ao centro do seu coração
Sempre se vê procurando uma veia
Com uma agulha presa a mão.

Rua das Lembranças


Já é mais um dia e aí venho eu de volta
Caminhando pelas ruas, as ruas da periferia
Pensando aqui comigo mesmo
Quantos sonhos, desejos impossíveis
E nos pontos de ônibus
Manadas humanas de cabeças baixas
Esperando o trem da vida passar

Sigo olhando os carros velhos, as mesmas pedras encostadas
Um trem que viaja solto e vazio
Vou olhando as veias expostas
As fraturas expostas e os sorrisos tristes
Desses guerreiros e guerreiras
Dessa gente que caminha procurando um rumo
Pelas ruas, sempre as mesmas ruas
Ruas empoeiradas da periferia

Na memória vou buscando os amigos
Todos os que partiram pra última viagem
Todos os que foram empurrados pros infernos
Os mesmos amigos que ouviam Dafé e Tim Maia
Que procuravam comigo os bailes nos sábados á noite
Sempre caminhando pelas ruas, ruas empoeiradas da periferia

Um anjo sem asas passa por mim
De olhos molhados, com lágrimas vermelhas
Expulso do paraíso, como tantos, como tantos
Também veio morar aqui, na rua das lembranças
Mata o tempo olhando os rostos marcados de minha gente
Dessa gente que sonha e caminha
Dessa gente que sonha e caminha
Pelas ruas, sempre as mesmas ruas, ruas empoeiradas da periferia.