Trecho do livro Sangue nos Olhos
“Mais
uma noite fria e as ruas do Jardim São Bento estavam quase desertas.
Alguns ônibus e poucos carros passavam pela rua principal. De vez em
quando surgia a silhueta de alguém caminhando com pressa.
A neblina espessa deixava o lugar ainda mais escuro. Era uma visão lúgubre, melancólica. Como uma imagem congelada em um quadro pintado por um artista suicida.
A favela estava escondida, entre a neblina e a escuridão de uma noite sem o brilho da lua. As luzes escapavam pelas frestas dos barracos, o som que saía de uma ou outra tevê e algumas risadas abafadas, denunciavam haver um pouco de vida insistindo em pulsar em meio a tanta miséria.”
A neblina espessa deixava o lugar ainda mais escuro. Era uma visão lúgubre, melancólica. Como uma imagem congelada em um quadro pintado por um artista suicida.
A favela estava escondida, entre a neblina e a escuridão de uma noite sem o brilho da lua. As luzes escapavam pelas frestas dos barracos, o som que saía de uma ou outra tevê e algumas risadas abafadas, denunciavam haver um pouco de vida insistindo em pulsar em meio a tanta miséria.”