Marcos Tecora Teles

Marcos Tecora Teles

Friday, March 20, 2015

Contos Eróticos Infantis - A Professora Sensual e o Amendoim nas Calças




Imagem:Internet


Contos Eróticos Infantis
A Professora Sensual e o Amendoim nas Calças

   Lá no final dos anos setenta, o Colégio Mário Rangel era como nossa casa. Depois que o tempo passou é que fomos perceber o quanto nossa escola foi importante. Talvez, por não termos naquele tempo acesso a todas as facilidades da vida super moderna destes novos tempos. Naquele tempo, na periferia, só havia os campinhos pra jogarmos futebol e a televisão que só transmitia três ou quatro canais. Por isso, nossas brincadeiras eram sempre na rua.
   Nós amávamos nossa escola, amávamos nossos colegas e professores. Tínhamos certeza que poderíamos viver para sempre no Colégio Mário Rangel.
   De tudo que havia na escola, o que mais gostávamos eram as festas de encerramento de ano. E também, a Professora Vânia... Era com ela que a gente sonhava, era com ela que todos os garotos planejavam se casar...
   A Professora Vânia era uma moça belíssima, loira, alta, de lindos e grandes olhos verdes. Nossa professora gostava de rock and roll, de vez em quando usava aquelas roupas de moda hippie, grandes batas coloridas, calças boca de sino, grandes colares, pulseiras e óculos escuros com aros grandes. Nossa imensa e incontida alegria era quando ela usava as roupas mais sensuais. Nossa gigantesca alegria era quando ela entrava na sala de aula, com aquelas blusas que não cabiam aquele par de seios. Nossa esfuziante alegria era quando ela vestia aquelas saias que, segundo as leis da física, não cabiam aquelas ancas. Nas aulas da Professora Vânia, a gente rezava para que as horas não passassem.
   A Professora Vânia adorava amendoim.
   Todos os dias ela passava na banca de doces e comprava um saquinho de amendoim. Depois que ela passava a matéria na lousa, ela sentava-se em sua mesa e ia apertando os bagos e soltando os caroços do amendoim. Esfregava os caroços, retirava a casquinha e quase nos matava , quando delicadamente, colocava cada caroço na boca, com o cuidado de não retirar o batom que marcava seus lábios carnudos.
   Nos dias em que ela usava suas roupas sensuais, acontecia uma verdadeira romaria dos meninos da sala, mal a professora passava a lição e logo que se sentava os meninos, um a um, seguidas vezes, iam lhe pedir explicações mais detalhadas. Todos fingiam não compreender, somente para ficar olhando dentro de seu decote. Acho que a Professora Vânia também gostava daquele pequeno jogo de sedução.
   De todos nós, quem se apaixonou perdida e platonicamente pela Professora Vânia foi Miltinho. Era somente ela quem habitava seus dias. Houve um tempo em que ele andava mesmo esquisito. Tudo o que encontrava pela frente, ele dizia lhe fazer lembrar de nossa sedutora professora.
   Os problemas começaram quando ele começou a descobrir as coisas das quais ela gostava. Por causa da louca paixão que ele adquiriu, eu sofri durante dias com grandes calombos nas costas e nas pernas, por conta dos tiros de sal que levava.
   Miltinho descobriu que a Professora Vânia adorava jabuticabas. Para meu azar, perto de casa havia a chácara do Seu Mané. Miltinho me convencia a ir roubar jabuticabas, mas todas às vezes, o velhinho que tomava conta do lugar nos flagrava e atirava em nós com a espingarda de sal. Miltinho era mais rápido e sempre corria na minha frente, por consequência, eu era sempre o alvo do velhinho sem coração.
   Miltinho achou uma maneira menos perigosa para tentar chamar a atenção da professora Vânia, passou a lhe levar rosas. Rosas que também me convencia a roubar no quintal de Dona Penha.
   Dona Penha era uma senhora, dessas crentes fanáticas, ela cultivava as mais lindas rosas que já havíamos visto. As rosas de seu quintal eram lindas, de um rosa magnífico e de um perfume que se podia sentir a dezenas de metros de distância. De vez em quando ela nos pegava no pulo, tentava correr atrás de nós,como não conseguia,pedia ajuda a Jesus, com toda força:
   - Leva eles Jesus!Leva esses encapetados pro inferno!Moleques do Satanás!
   A maldição de Dona Penha atingiu Miltinho.
   Na festa de encerramento do ano, preparamos nossa festa, cada um levou alguma coisa para beber e comer. A Heloísa levou a vitrola e os discos de discoteque. A Professora Vânia estava deslumbrante, mais linda do que nunca. Ela bebia refrigerante e comia amendoim. Ela dançava um pouquinho com cada um de nós, eu fiquei envergonhado e só segurei na cintura dela. Miltinho não. Miltinho abraçou a professora, dançava de olhos fechados, imaginando que estivesse mesmo dançando com sua namorada. A professora Vânia nem percebeu a alegria de Miltinho, enquanto dançava,ela sorria,falava com as meninas e ia comendo os amendoins. Quando a música terminou, a professora foi buscar o Pedrinho para a próxima dança. Miltinho não percebeu que a música havia terminado, permaneceu de olhos fechados, com os braços esticados, abraçando o vento. A sala inteira começou rir de Miltinho, não pela cara de bobo, mas sim, pelo volume que surgiu em suas calças. As meninas começaram a zombar de Miltinho, ele ficou encabulado, fez até cara de choro. A Professora Vânia percebendo o constrangimento de Miltinho, correu em seu socorro e afirmou sem titubear:
   - Calma gente! Foi só um bago de amendoim que deixei cair sem querer dentro das calças de Miltinho.
   Para a sorte de Miltinho, as férias começaram naquele dia.
   Nunca mais vimos a Professora Vânia, tudo culpa de um sortudo desgraçado, chamado Professor Felizardo. O filho da mãe casou-se com ela e para nosso azar, foram felizes para sempre.