Marcos Tecora Teles

Marcos Tecora Teles

Wednesday, October 28, 2015

Contos Eróticos Infantis O Homem da Roupa Verde Que Encantava Prostitutas

Foto:Internet


Contos Eróticos Infantis
O Homem da Roupa Verde Que Encantava Prostitutas

   Nós humanos, passamos a vida inteira tentando entender como somos, o que somos e como e por que o tempo passa. E tentamos nos aceitar.
   No nosso caso não havia muito o que entender,era só aceitar. Para Miltinho e eu, o tempo também passou...
   Agora, éramos dois rapazolas e eu estava indo para o meu primeiro dia de emprego. Emprego que Miltinho arrumou para mim. O trabalho era em uma empresa de mala direta, nosso trabalho era colocar as cartas nos envelopes e levar aos correios. Confesso, era divertido. Éramos uma turma de jovens de vários bairros da cidade e trabalhávamos apenas três dias por semana.
   Naquele velho edifício do centro da cidade, no mesmo andar em que envelopávamos as cartas, havia um escritório de contabilidade, lá trabalhavam algumas pessoas, dentre elas, uma mulher jovem chamada Ester, uma loira que tinha um mau hálito dos infernos, um rapaz careca e mal humorado e um velhinho bem vestido e muito educado, Seu Henrique.
   Com tantos moleques trabalhando juntos, era inevitável a algazarra, a zoeira e a diversão. Depois de algumas semanas, Seu Henrique passou a visitar nossa sala. Ficava na porta ,nos observando,sorria. Ele se divertia também.
 
    Seu Henrique tinha a mania de esfregar as mãos, era a forma de demonstrar excitação, contentamento, mas Miltinho ficava encucado com Seu Henrique:
   - Marquinhos, esse velho é bicha!
   -Acho que não. Ele é bacana. Deve ser o jeito dele, ele é quieto.
   Miltinho insistia em tentar me convencer:
  - Marquinhos, olha só. Esse velho só anda vestido com roupa chique, sapato lustrando, com essa gravatinha borboleta, fica olhando pra gente, sorrindo e esfregando as mãos.E é educadinho demais.
  Miltinho repetia as mesmas palavras toda vez que via Seu Henrique.
  Ester, a jovem mulher, elucidou de uma vez por todas as dúvidas. Ela ouviu um dos comentários de Miltinho, dizendo que achava que Seu Henrique era homossexual. Ester chamou Miltinho e eu em sua sala e nos contou:
  -Eu sei que vocês ficam preocupados com o jeito de Seu Henrique. Por favor, não tenham medo dele, ele é apenas uma criança, envelheceu somente o corpo. Seu Henrique tem um ligeiro retardo mental.
   Nós ouvimos atentos a explicação de Ester, Miltinho me olhava e demonstrava remorso. Foram tantas as ofensas veladas ao velhinho... Nossos corações doeram...
   Enquanto Ester falava conosco, Seu Rômulo entrou na sala. Seu Rômulo era o irmão mais velho de Seu Henrique e dono do escritório de contabilidade. Seu Rômulo ajudou Ester a terminar a explicação:
   -Eu não pude deixar de ouvir a conversa, mas só pra encurtar, vou dizer uma coisa pra vocês, meu irmão nunca se sentiu tão feliz. Ele nunca conviveu com outros jovens. Henrique tem um tumor no cérebro desde que nasceu, ficou com esse retardo e teve um trauma quando perdemos nossa mãe.
   Miltinho e eu apenas escutávamos e Seu Rômulo nos disse mais:
   - Meu irmão, tem muito apreço por vocês. Aproveitem a amizade dele. Ele está com sessenta e cinco anos, não tem muito tempo.

 
   Seu Henrique chamava qualquer pessoa, de qualquer idade de senhor ou senhora. Era extremamente educado, inteligente, um ser absolutamente doce. Usava roupas finas, feitas sob medida pelos melhores alfaiates da cidade. Amava livros e filmes. Pela falta de companhia nunca saía de casa.
   Seu Henrique gostava de usar roupas verdes e isso nos fazia brincar e deixá-lo apavorado:
 - Seu Henrique! Se o senhor passar na frente da pastelaria do chinês com essa roupa verde, eles vão cortar o senhor e servir para os clientes, viu? –Miltinho gostava de chateá-lo.
- É perigoso mesmo senhor Marquinhos? Seu Henrique me perguntava.
- Claro que é Seu Henrique. O senhor acha mesmo que o chinês compra toda aquela verdura? Eu também me divertia com a conversa.


  O fato é que Seu Henrique abandonou os ternos verdes, os sapatos de cromo alemão, a gravata borboleta e passou a se vestir como nós.
  Nós aprendemos a entender como seu Henrique pensava. No trabalho, era competente, compenetrado, assíduo e pontual. Quando se juntava a nós, era como um adolescente, sempre querendo saber coisas novas. Coisas que um homem aos sessenta e cinco anos ainda não havia vivido. Seu Henrique tinha pressa em aprender, tinha a necessidade de conhecer o mundo em que os garotos de minha idade viviam.

   Miltinho resolveu dar um presente para Seu Henrique, nós o levaríamos para sair conosco, à noite, pelo centro da cidade. Íamos levá-lo ao cinema, aos bares e aos inferninhos.
   Passamos dias combinando tão insano ato, Seu Henrique estava ansioso, preocupado em como fugir de casa em um sábado a noite, sem que ninguém o visse saindo e chegando.
   Tudo deu certo.

   Encontramos seu Henrique no sábado às sete da noite na Avenida São Luiz. Ele estava elegante como sempre. E feliz como nunca...
   Fomos direto para a boate Clube de Paris, onde nosso amigo Gérson era segurança. Pedimos cerveja e ficamos olhando as moças fazerem seus shows.
   -Seu Henrique?- Miltinho perguntou - Quer beber?
   -Não posso!
   - Quem falou que o senhor não pode?Miltinho perguntou novamente.
   -Meu pai! Respondeu seu Henrique.
   -Mas seu pai morreu faz tempo! Pode beber, ele não está vendo e ninguém aqui vai falar pra ele. Não é Marquinhos?
   Miltinho foi convincente. E eu confirmei balançando a cabeça e rindo escondido.

    Seu Henrique bebia aquele copo de cerveja e sorria. Sorria extasiado, como um condenado a morte, que no último instante recebeu o indulto.

   No outro sábado Miltinho resolveu aumentar a loucura e a irresponsabilidade. Levaríamos seu Henrique ao 69,o bordel mais famoso e fuleiro da cidade.
   - Miltinho, você é doido? Levar o Seu Henrique na zona? Eu perguntava preocupado.
   - Calma Marquinhos, calma! Deixa o velhinho se divertir, ele ainda é virgem! -Miltinho gargalhava - Seu Henrique precisa trocar o óleo!

   No dia fatídico chegamos ao prédio da Rua dos Andradas, um lugar estranho, homens que entravam e saíam. Todos preocupados em não serem vistos, descobertos. Nas escadas, mulheres seminuas convidavam para um momento de prazer.
   Miltinho já conhecia bem ali, fomos subindo até um andar intermediário onde havia um pequeno bar. Pedimos cerveja e resolvemos servir conhaque para Seu Henrique. Ele adorou.
   Ficamos ali, observando o movimento. A todo instante as mulheres se insinuavam e nos convidavam para um programa. Uma mulher madura se aproximou de nós e convidou Seu Henrique:
   - Oi gato!Vamos brincar?
   Seu Henrique nos olhou de um jeito engraçado, ficou confuso com a pergunta da prostituta e nos perguntou:
   - Os senhores acham que posso brincar com ela?
   - Claro! Estamos aqui pra isso, Seu Henrique. Explicou-lhe Miltinho.
   Seu Henrique ainda confuso perguntou para a mulher:
   - A senhora quer brinca de quê?
   - Brincar de quê gato? Brincar de fazer neném!
 
   A prostituta saiu do quarto com o rosto sereno, parecia muito mais jovem do que havia entrado. Seu Henrique sorria e esfregava as mãos.
   Tudo correu em paz. Voltamos para casa, Seu Henrique estava encantado com as luzes da madrugada, estava encantado com mais uma noite que estava chegando ao fim.

   Seu Henrique conheceu quase todos os prostíbulos do centro da cidade. Conheceu cada cinema e teatro de striptease. Foi para o quarto com muitas mulheres.
  
   Foram meses mágicos. Seu Henrique aprendeu conosco o que era perdição e nós aprendemos com ele a maneira que nos salvaria da miséria do mundo. Seu Henrique não tinha medo de caminhar pelas ruas imundas e fedorentas, não tinha preconceito em se relacionar com a ralé. Ele contava lindas histórias, muitas delas retiradas dos livros que lia e dos filmes que assistia, mas muitas da lindas histórias surgiam de sua mente inocente. Ele nos contou sobre sua doença, sobre o pouco tempo que tinha pra viver, sobre o trauma por ter visto na infância sua mãe se afogar.
   Seu Henrique nos falou de sua namorada, que ela morava no mar e vinha visitá-lo e que, um dia ficariam juntos para sempre.
   Seu Henrique nos falava com imensa tristeza que quando sentia dores de cabeça tinha que ficar quieto, porque aquele poderia ser seu último instante. Seu Henrique nos contou que as dores que chegavam como choques em sua cabeça, estavam aumentando.


   O aviso de luto na porta do escritório de contabilidade nos pegou de surpresa.

   Dias depois Seu Rômulo nos deu a triste notícia. Seu Henrique desapareceu. Foi visto pela última vez em frente ao mar no Guarujá. Uma pessoa relatou que viu um velhinho vestindo um lindo terno verde, usava uma gravata borboleta, calçava brilhantes sapatos pretos e carregava nas mãos um enorme buquê com maravilhosas rosas amarelas. A pessoa relatou que o velhinho parecia esperar alguém, pois a todo instante olhava o relógio,até que ele gesticulou,abriu os braços e como se segurasse na mão de alguém foi desaparecendo mar adentro.

   Tempos depois encontramos a primeira mulher que levou seu Henrique para o quarto, ela estava trabalhando em uma loja de bijuterias na Rua Vinte e Cinco de março. Nos contou que abandonou a profissão depois que saiu do quarto com seu Henrique naquela noite.Nos contou que ele pediu pra que ela apenas se deitasse ao seu lado,que fechasse os olhos, ela nos disse que ele lhe contou lindas histórias. Afirmou que enquanto ele lhe contava aquelas lindas histórias, era como se estivesse encantada. Falou que ouvia e parecia estar em cada uma daqueles lugares que o velhinho narrava. Que quando acordou se deu conta de que aquele não era seu lugar.

   Descobrimos que Seu Henrique nunca teve relações sexuais com nenhuma daquelas mulheres. Seu Henrique as amava, amava os seres humanos e os entendia, sentia pena da miséria em que vivia cada uma delas. E ele também as salvou.

   Miltinho e eu de vez em quando, usávamos roupas verdes, passávamos correndo em frente a pastelaria do chinês na Ladeira Porto Geral,para que ele não nos cortasse e servisse para seus clientes.

Tuesday, October 06, 2015

A Rua dos Suicidas

Imagem:Internet
Há muitos anos em nosso bairro,haviam duas ruas muito estranhas.Uma era chamada de Rua dos Suicidas e a outra,era a Rua dos Assassinos.
Os nomes faziam jus a realidade.Na Rua dos Suicidas,cinco moradores haviam se matado em menos de três anos.Na Rua dos Assassinos,oito moradores estavam na penitenciária por terem executado várias pessoas.
As duas ruas eram sombrias,as crianças do bairro evitavam ao máximo passar por elas.
Na Rua dos Suicidas,morava Malu,uma moça loira e bonita que não falava com ninguém.Malu usava maquiagem escura,vestia somente roupas pretas e usava um véu,também preto.
Na Rua dos Assassinos,morava Angélica,irmã gêmea de Malu...
Continua amanhã...

Monday, October 05, 2015

Igreja Universal do Reino do Lula


Foto:Internet
Igreja Universal do Reino do Lula

Nunca antes na história deste país se usou tanto ardil para se apossar de corações e mentes. O governo Lula em comunhão com a Igreja Universal formam uma grande e perigosa facção. O governo aprendeu com os Bispos da Universal a arte da prestidigitação, também aprendeu a disseminar a Teologia da Prosperidade, oferecendo aos pobres o paraíso e criando legiões de ignorantes. Lula é o mágico, que esconde no bolso do paletó o nosso futuro. Alardeia aos quatro cantos coisas que nunca fez e nunca fará, mas o prestidigitador tem esse poder, a ilusão como arte. Nos discursos aprendidos na Universal, revela como é fácil colocar quase toda uma nação em catarse.
O povo que ainda passa fome, que ainda vive de forma indigna e perturbadora, não doa seu dízimo ao Lula, doa seu voto. Nunca antes na história da humanidade um país foi governado por um ilusionista. O Brasil é o primeiro.
Marcos Teles