MARCOS TECORA TELES
Marcos Tecora Teles
Saturday, November 07, 2020
Uma Foto do Futuro
Uma foto do futuro.
Ontem, no Bar da Joana, na Rua Batalha Reis, encontrei essas figuras. Eles chegaram, puxaram uma mesa, pediram uma Coca-Cola e uma porção da batatas fritas. Conversavam sobre os estudos, jogos eletrônicos e outros assuntos importantes.
Não tive dúvidas, pedi para a Joana fazer a foto.
Eu me encontrei com o futuro!
Monday, September 21, 2020
Tuesday, July 28, 2020
Perdidos no Espaço
Imagem:Internet
O Covid- 19 veio nos dar uma grande lição,a lição de que ainda não sabemos de nada.
Estamos todos girando no espaço,dentro de uma bola de terra,ferro e água.
Ainda buscamos as respostas para as três questões que nos afligem desde os primórdios;de onde viemos,se estamos sozinhos no universo e para onde vamos.
Uma lição aprendemos nos últimos tempos,certamente,não estamos sozinhos no universo;estamos perdidos no espaço.
Estamos todos girando no espaço,dentro de uma bola de terra,ferro e água.
Ainda buscamos as respostas para as três questões que nos afligem desde os primórdios;de onde viemos,se estamos sozinhos no universo e para onde vamos.
Uma lição aprendemos nos últimos tempos,certamente,não estamos sozinhos no universo;estamos perdidos no espaço.
Tuesday, May 12, 2020
Wednesday, November 13, 2019
As Luvas do Goleiro
Imagem:internet
As
Luvas do Goleiro
“
O tempo passa, torcida brasileira! ”
Fiori
Gigliotti
Quando
ainda éramos crianças, no Jardim São Bento, não acreditávamos que o tempo
passaria tão depressa.
Nossa
vida era brincar, a rua era o melhor lugar do mundo, mas quando chegavam as
férias escolares, aí os dias não tinham fim.
Acordávamos
cedo, a gente empinava pipa, rodava pião, jogava bolinha de gude; coisas
normais naquele tempo. Na verdade, nossa maior paixão era a bola, os campinhos
que improvisávamos, nossa paixão eram as partidas inesquecíveis, o sanduíche de
mortadela e a tubaína depois dos jogos.
No
fundo, sabíamos que nossa vida não era perfeita, muitos daqueles meninos não
tinham nada, às vezes, nem o que comer. A miséria também vivia entre nós, era
uma companheira constante e indesejada. Mesmo com nossa inocência, sabíamos que
de algum modo, chegaria a hora do grande jogo e que teríamos que driblar a
vida.
De
todos nós, Topinha era o menino mais pobre, vivia com a mãe em um barraco no
final da Rua Um, na beira do córrego.
Topinha
também era o melhor goleiro do mundo, mesmo sem possuir as chuteiras, o
uniforme e as luvas. Em toda e qualquer partida, era sempre o primeiro à ser
escolhido. Com ele no gol, a chance de vencer era garantida. Ele era um menino,
alto, magro, com reflexos rápidos e muita elasticidade nos movimentos. Topinha
dizia que incorporava os grandes goleiros. Em alguns jogos, tornava-se Emerson
Leão, da seleção brasileira, em outros, o argentino Fillol e nas grandes
decisões ele se transformava em Sepp Maier, o grande goleiro da Alemanha.
A
periferia crescia desordenadamente, era raro um final de semana em que não
chegassem novos moradores no bairro. Até que um dia, com a chegadas de alguns
novos moradores, também chegou o crime e percebemos que muitos de nós, perderiam
a inocência.
Eram
os anos setenta e inevitavelmente, também chegou a febre da discoteca e muitos
meninos queriam ser John Travolta e assim as coisas foram tomando outro rumo. Os
garotos com “cabelo bom”, queriam usar brilhantina, mas não tinham dinheiro
para comprar. Um dos novos moradores, o Enéas bolou um plano e formou uma
turma, foram roubar os vidros de brilhantina no Mercadinho do Shozu. Para o
azar de Topinha, o plano deu certo.
Incentivado
por Enéas, Topinha resolveu roubar um par de luvas de goleiro na Loja da
Japonesa. Ele conseguiu, mas não contava com a presença de Naldo, um policial
violento que fazia bicos no comércio do Capão Redondo.
Topinha
escondeu as luvas sob a blusa enquanto Enéas e Romildo tiravam a atenção da
japonesa. Ao sair da loja, correu beirando a barranco, Naldo colocou o pé na
sua frente, Topinha perdeu o equilíbrio, caiu na ribanceira e ficou trespassado
pelas vigas de aço que saiam de uma casa em construção.
Meses
depois, Topinha voltou para casa em uma cadeira de rodas, nos olhou com
vergonha, arrependimento e imensa tristeza.
Quando
crianças, sempre soubemos que vivíamos um sonho. Tínhamos medo de acordar e perder
aquele estado permanente de felicidade. A gente vivia para sonhar. Hoje, depois
de tantos anos, depois da infância, a gente descobre que é obrigado a sonhar para
continuar vivo.
E
como dizia o saudoso locutor: “ O tempo passa, torcida brasileira! E fecham-se
as cortinas e termina o espetáculo! ”
Saturday, May 25, 2019
A Rainha da Fofoca
Foto:internet
A
Rainha da Fofoca
É sabido que a fofoca sempre existiu desde os primórdios,
mas o Brasil foi o país onde este artifício mais se expandiu.
Se existisse uma olimpíada de fofoca o brasileiro
seria medalha de ouro em todas as modalidades, principalmente em fofoca à distância,
arremesso de fofoca, fofoca em altura, salto triplo em fofoca, maratona de fofoca
e muitas mais.
Também é do conhecimento de todos que em toda e
qualquer rua do Brasil, reside pelo menos uma pessoa fofoqueira. Na minha rua
não seria diferente.
Quando vim morar aqui neste bairro, conheci a fama de
fofoqueira de Dona Dadá. A mulher sabia da vida de todo mundo. Tudo o que
acontecia nas casas, nos bares, nas igrejas, ela dava um jeito de descobrir e
espalhar aos quatro ventos. Dona Dadá não podia ver um grupo de pessoas que
logo se aproximava e perguntava com seu talento nato para a especulação da vida
alheia:
- O que é que vocês estão aprontando, hein?
E não adiantava esconder, em pouco tempo aquela
conversa já virava assunto em todo lugar.
Eu tinha “um pé” atrás com Dona Dadá, o máximo que
fazia era lhe dar bom dia, boa tarde e boa noite. Evitava ao máximo que ela
tentasse puxar conversa comigo. E assim se passou muito tempo.
Depois de alguns anos, passei a trabalhar à partir de
casa, então, comecei a receber muitos amigos, clientes e parceiros. Durante o
dia e até altas horas da noite, pessoas entravam e saiam de minha casa.
Dona Dadá observava o entrai e sai de pessoas e cada
vez que passava em frente à minha casa, dava um jeito de diminuir o passo para
tentar captar algo.
Eu sabia que chegaria o dia em que ela não resistiria
e viria especular, eu me esguiava dela, fingia mesmo não vê-la, só para não lhe
dar assunto.
Mas não dava para fugir de Dona Dadá a vida toda...
Foi em uma tarde em que eu me despedia de alguns amigos,
que Dona Dadá me pegou de surpresa. Acompanhada de uma amiga, veio caminhando
de mansinho, passou por mim, deu uma olhadinha, um sorrisinho amarelado, até
pensei que ela passaria direto, mas não.
Eu já me preparava para entrar e fechar o portão,
quando de repente, me virei e Dona Dadá já estava tocando em minhas costas e
perguntou:
-Tudo bem com você, rapaz?
Eu respondi que sim, que estava tudo bem. Mas ela já
estava com a artilharia armada e prosseguiu:
-Tanto tempo que você mora aqui e nunca paramos para
um papinho.
- Pois é - respondi.
Ela tinha uma técnica impressionante, poderia ser
repórter investigativa:
- Todo dia vem bastante gente em sua casa, desculpe eu
perguntar, mas você trabalha com o quê, filho?
Dona Dadá não imaginava que eu também havia me
preparado para aquela hora fatídica, que sabia, chegaria um dia e com ar de
vitória lhe respondi:
-Sou do crime! Sou o chefe do tráfico do bairro!
Para minha surpresa, Dona Dadá, deu um sorriso triunfal,
foi embora sem falar mais nada comigo, colocou o braço no pescoço da amiga e falando
baixinho, comentou:
-Não te falei “fia”! Ele é pastor da Igreja Universal!
Thursday, May 23, 2019
Descobrindo os Segredos
Imagem:internet
Um dia você acorda e passa a ver o mundo de outra forma.Tudo o que você pensou saber ontem,não passa de fantasia,era apenas um sonho que você viveu toda sua vida.
Em um dia qualquer do ano de 2006,recebi uma mensagem no extinto ORKUT,era uma pessoa que se identificou como Justine,disse que fazia parte de um grupo de ativistas por direitos humanos e que gostaria de contar com minha colaboração,de alguma forma.
Passei a receber informações que jamais imaginaria.Passei a conhecer o mundo real.
Eu acreditava em muita coisa,no que via em reportagens, no que lia em livros,percebi que cada um defende sua verdade e busca somente privilégios e poder.
Minha primeira participação com o grupo foi na chamada Primavera Árabe,foi aí que vi um mundo novo se descortinando e entendi verdadeiramente que a informação é poder.
Eu não acredito em quase ninguém,as pessoas ouvem mas não escutam,enxergam e não veem.
Eu achava que Teoria da Conspiração fosse coisa de maluco.Mas não é bem assim.Minha forma de pensar e enxergar o mundo,mudou no dia em que recebi um arquivo,alguns filmes e documentos que me fizeram passar dias encabulado. O mundo real é diferente!
Sinto imensa tristeza em ter tanta informação e não poder passar para todos,saber como as coisas funcionam é doloroso.Saber que uma guerra é programada,uma crise econômica é deflagrada em jantares,onde reúnem-se meia dúzia de homens poderosos,sem escrúpulos e sem remorsos.Esses mesmos poderosos que nos escondiam o progresso,que guardavam segredos milenares.Mas hoje,hoje está diferente.Eles sabem que tem um grupo de "malucos" de várias partes do mundo que se juntam e que na frente de um computador e movem o mundo com as pontas dos dedos.Quantos governos caíram?Quantas verdades vieram à tona? E vem muito mais,acredite!
Talvez fosse interessante que todos conhecessem o mundo real, mas infelizmente,nem todos estão dispostos a sair do conforto da mentira que nos fazem engolir todos os dias.
Anonymous
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