Um dia ele quis sair de casa
E se jogar de cara no mundo
Nunca pensou sofrer
Mas caiu num abismo profundo
Esculpiu planos,estratégias
A metrópole não o assustava
Com espada de madeira,era guerreiro
Como todo menino, sonhava
Mas chegou a hora de crescer
Hei! Juventude desesperada
Sem lágrimas pra chorar
Procurando tardes de domingo
Ou um poste pra se enforcar
Seus companheiros de apartamento
São seus devaneios,seus sonhos
Mas seu espelho lhe obriga ver
Não é o homem que queria ser
Não é o homem que podia ser
Hoje tem amiga de solidão
Uma bruxa colombiana
Uma aranha que lhe prende à sua teia
Viaja,viaja ao centro do seu coração
Sempre se vê procurando uma veia
Com uma agulha presa a mão.