Marcos Tecora Teles

Marcos Tecora Teles

Thursday, October 23, 2014

Contos Eróticos Infantis - A Pomadinha Chinesa

Foto:Internet


Miltinho eu gostávamos mesmo era de prestar atenção às conversas dos homens adultos. Achávamos que o tempo passava devagar para nós. E que nunca, nunca iríamos ser como todos aqueles homens do bairro.
   Tínhamos certeza de que todos eles eram felizes e donos de suas vidas. Acreditávamos que eles sabiam de tudo. Que eles eram donos de todos os segredos.         Falavam sobre mulheres, descreviam com maestria, tudo o que faziam quando estavam sozinhos com elas.Miltinho e eu,fingíamos não os escutar.Mas estávamos sempre de ouvidos atentos.
  
Verinha era a moça mais simpática do bairro. Também era a mais boazinha. Verinha vivia de fazer favores. Todos os dias fazia um favor para alguém. Só não entendíamos porque Verinha só fazia favores para os homens. Todos! Todos mesmo, sempre procuravam Verinha.
    Verinha era muito querida. Sempre que entrava em algum bar, os homens já a abraçavam com entusiasmo. Alguns lhe passavam a mão no rosto, nos cabelos e outros até lhe davam tapinhas na bunda.
   Verinha sentia muito frio. Mesmo quando estava muito quente, ela sempre estava agarrada a algum dos homens do bairro. Ela sempre pedia para que alguém a esquentasse.
  Os homens a chamavam de Verinha do Povão!
  As mulheres de nosso bairro não gostavam tanto de Verinha...
  Miltinho e eu decidimos descobrir que favores eram aqueles que Verinha fazia. Depois de ouvir o Aníbal cochichar nos ouvidos dela, que precisava de um favor... Seria às sete da noite, na casinha ao lado do bar do Pedrão dos Cavalos.
  Vimos quando o Aníbal levou Verinha para dentro da casinha ao lado do bar do Pedrão dos Cavalos. Miltinho e eu nos aproximamos e olhamos pelo vitrô...
 
 Um dia,enquanto pegava as revistas de mulheres nuas que meu tio escondia,descobri uma caixa repleta de pequenas latinhas. Não dava para saber o que era, estava tudo escrito em chinês.
 Quando comentei com Miltinho ele deu logo um jeito de descobrir qual seria a utilidade daquelas latinhas.
   Ele disse que ouviu Seu Toninho falar com o Aníbal que a "tal" latinha, guardava uma pomada mágica. A pomada que conquistava as mulheres.
  Miltinho e eu, sentados no barranco da "Rua de Cima", segurávamos as latinhas nas mãos... Nós éramos apaixonados pela Cleópatra do filme...

    Miltinho me convenceu a pedirmos um favor para Verinha. Juntamos todas nossas pequenas economias. Passamos semanas sem comprar doces e tubaína. Enchemos vários cofrinhos da Poupança Haspa.
    No dia em que falamos com ela, Verinha ficou reticente, disse que éramos muitos crianças e que tinha medo que contássemos para alguém. Ela mudou de ideia quando viu os seis cofrinhos cheios...
   No dia combinado, Miltinho e eu pegamos várias latinhas de pomada chinesa do meu tio.
   Quando chegamos à casinha ao lado do bar do Pedrão dos Cavalos, Verinha já estava lá. Sentada na beira da cama, nos mandou tirar as roupas. Estávamos tímidos, mas ela nos convenceu tirando a própria blusa e ficando somente de sutiã. Verinha nos ofereceu um pouco de conhaque Dreher para perdermos a timidez.
  Miltinho e eu estávamos em pé, completamente nus na frente de Verinha. Ela passou as mãos em nossos corpos e depois levou as mãos ao nariz.
 Verinha desatou a gargalhar. Ela gargalhava, gargalhava...
  Miltinho olhava para mim, eu olhava para Miltinho e Verinha gargalhava como se fosse explodir.
  Verinha diminuiu o ritmo de sua risada quando percebeu nossa cara de vergonha. Vestindo a roupa e nos devolvendo os cofrinhos ela nos ensinou:
   - A pomadinha chinesa, não é para passar no corpo todo seus bobos... É pra passar só no pinto!
  
   Naquele instante, perdemos um pouco de nossa inocência...